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Pigmentos patológicos

    São substâncias anormais que não podem ser metabolizadas ou removidas. Podem ser exógenos ou endógenos e seu acúmulo não é exclusivamente patogênico.

 

    Como exemplo de pigmentos exógenos temos o carvão e a tatuagem. Já pigmentos como a melanina, lipofuscina e os derivados da hemoglobina são endógenos.

 

    Os principais pigmentos são os derivados da hemoglobina, isto é, a hemossiderina e a bilirrubina. Vamos centralizar esse tópicos nesses dois pigmentos.

 

    A hemossiderina, então, é uma forma de armazenamento de Ferro. Assim sendo, essa pigmentação está presente em locais com excesso de Ferro. Esse derivado da hemoglobina pode acumular devido a excessiva destruição de hemácias e pela absorção excessiva de Ferro pelo intestino.

 

   A bilirrubina também deriva da fração Heme da hemoglobina e sofre um processo de conjugação no fígado que é fundamental para a constituição dos ácidos biliares. Quando a concentração de bilirrubina no sangue é superior a 3 mg/dL, há o diagnóstico de icterícia.

 

    A icterícia pode ser divida em três tipos: pré-hepática, hepatocítica e pós-hepática. Levando em consideração os sufixos empregados já se pode perceber a diferença entre as classes de icterícia.

 

    A pré-hepática ocorre quando há uma intensa hemólise, fazendo com que a quantidade de bilirrubina liberada exceda a capacidade de conjugação e eliminação pelo fígado. Logo, há um predomínio de bilirrubina não-conjugada.

 

    A hepatocítica se dá quando há uma lesão direta aos hepatócitos, impedindo, assim, a metabolização da bilirrubina. Há um acúmulo de bilirrubina conjugada e não-conjugada.

 

    Enquanto isso, quando há obstrução no fluxo normal da bile, a bilirrubina conjugada não atinge o intestino e, portanto, se acumula causando a icterícia pós-hepática.

Bibliografia:

 

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